O Dia Mundial e Nacional da Psoríase é celebrado no dia 29 de outubro. A data foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de:
-Informar a população sobre a doença
-Combater o estigma social e a discriminação
-Ressaltar que a psoríase não é contagiosa
-Mostrar que a doença tem tratamento que melhora a qualidade de vida dos pacientes
Desde 2016 a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) coordena a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase, doença que afeta a pele de cerca de 3% da população mundial – 125 milhões de pessoas em todo o mundo.
O que é psoríase?
A psoríase é uma doença crônica da pele que se caracteriza por lesões cutâneas (ferimentos na pele) não contagiosas e descamativas (que descascam).
Sintomas
- lesões vermelhas e descamativas: podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar
- coceira: as lesões de psoríase podem ser acompanhadas por coceira intensa
- possíveis alterações nas unhas: existem formas de psoríase que causam dor articular
Causas
- fatores genéticos: ter parentes de primeiro grau com psoríase aumenta o risco de desenvolver a doença
- disfunção do sistema imunológico: mesmo que a causa da doença não seja totalmente clara, sabe-se que ela está relacionada à ativação excessiva das células T do sistema imunológico
- fatores psicológicos: o estresse e a ansiedade podem desempenhar um papel no desencadeamento ou agravamento da psoríase em algumas pessoas, embora não sejam as causas principais
Diagnóstico
- exame físico: a pele é examinada para identificar as lesões típicas, que geralmente são elevações vermelhas ou rosadas com espécies de escamas
- histórico clínico: são feitas perguntas sobre os sintomas, como quando eles começaram, como têm progredido e se houve fatores desencadeantes
- exclusão de outras condições: como muitas condições de pele podem ter sintomas semelhantes, o profissional responsável deve excluir outras doenças de pele, como dermatite de contato ou infecções fúngicas
Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia de pele para confirmar o diagnóstico, especialmente quando os sintomas são atípicos ou não respondem ao tratamento convencional. Durante a biópsia, uma pequena amostra de pele é retirada e examinada sob um microscópio para verificar a presença de características específicas da psoríase.
Tratamento
- tratamento tópico: os pacientes utilizam medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele
- tratamento sistêmico: uso de medicamentos em comprimidos ou injeções, geralmente indicados para pacientes com psoríase grave com artrite psoriásica (um tipo de artrite inflamatória)
- tratamento biológico: uso de medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com psoríase grave
- fototerapia: exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica. O tratamento precisa ser feito por profissionais especializados
Por ser autoimune, não existe uma cura definitiva para a psoríase, e os pacientes precisam estar sempre atentos ao tratamento.
Prevenção
- gerenciar o estresse: ele pode desencadear ou piorar os sintomas da psoríase em algumas pessoas. Aprender a lidar com o estresse por meio de técnicas de relaxamento, como ioga, meditação e exercícios de respiração, pode ser benéfico
- evitar lesões na pele: traumas ou ferimentos na pele podem desencadear o desenvolvimento de lesões de psoríase, conhecidas como “efeito Köbner”. Por isso, é necessário tomar cuidado para evitar cortes, arranhões e feridas
- tomar cuidado com a exposição ao sol: o excesso de sol pode piorar a doença, o que torna o uso de protetor solar e o limite à exposição solar direta indispensáveis