Estado pede atenção à vacinação contra a febre amarela na Baixada Santista

Turistas que irão para o litoral devem se imunizar. Segundo o Estado, circulação está mais concentrada em área de Mata Atlântica, próxima ao litoral e aos Vales.

A Secretaria de Saúde do Estado emitiu um alerta, nesta semana, para que quem vai viajar para o Litoral Norte e para a Baixada Santista, no litoral de São Paulo, esteja vacinado contra a febre amarela. Porém, a orientação também vale para os moradores desses locais. Os municípios da Baixada Santista estão intensificando as ações de imunização para aumentar a cobertura vacinal já que, na região, esse número está em 55%.

De acordo com a Secretaria de Saude do Estado, a vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência para garantir proteção efetiva. Aqueles que pretendem passar os feriados de novembro – Proclamação da República (15) e Dia da Consciência Negra (20) – nessas regiões, assim como em áreas rurais ou de mata, devem avaliar e/ou atualizar sua situação vacinal o quanto antes.

Regiane de Paula, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica estadual, explica que 502 casos foram confirmados no Estado neste ano, com 175 mortes. Entre o total de casos, 14 ocorreram no Litoral Norte, sendo 5 óbitos. Na Baixada, foram 4 casos e 3 óbitos. Guarujá teve 1 caso com 1 óbito, Itanhaém registrou 1 caso com 1 óbito e Peruíbe teve 3 casos com 1 óbito.

Neste ano, 257 macacos tiveram confirmação da doença, sendo que dois casos envolvendo macacos ocorreram na Baixada Santista e 33 casos ocorreram na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Segundo ela, a circulação está mais concentrada em área de Mata Atlântica.

“Em 2017, tivemos a entrada da doença por Campinas, depois São Paulo e agora o Vale e o Litoral. Esses vetores estão dentro da mata. Além dos feriados, têm as festas de fim de ano. As pessoas costumam fazer ecoturismo no Vale do Ribeira, onde tem cavernas. Temos uma faixa de beira mar muito grande e parece que está distante da mata, mas não está tão assim. De alguma maneira, as pessoas acabam se deslocando para uma área de risco”, disse Regiane.

No Litoral Norte, a cobertura vacinal é superior a 85% e de 55% na Baixada. De acordo com Regiane, muitas pessoas procuraram os postos, no início do ano, aconteceu a campanha da dose fracionada, entre os dias 25 de janeiro e 31 de maio. Porém, segundo ela, por conta de fake news, parte da população ficou com medo de tomar a vacina ou não confiou na sua eficácia.

“A dose fracionada é válida por oito anos, muitos achavam que não tinham a mesma validade da dose plena. O período atual é pré-sazonal e a sazonalidade da doença vai de dezembro a maio. Nesse momento não é preciso ter medo. O importante é tomar a vacina na unidade de saúde mais próxima de sua casa, do seu município”, orientou.
Vacinação

Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados. Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.

Fonte: G1

 

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