26 de março – Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia

epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada pela recorrência de crises epilépticas que podem se manifestar de formas diferentes dependendo do paciente. Cerca de 50 milhões de pessoas têm epilepsia (dados de 2019), o que a torna uma das doenças neurológicas mais comuns no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Vale destacar que um único episódio de crise convulsiva não caracteriza epilepsia. Para diagnosticar a doença, é necessário que o paciente tenha pelo menos dois episódios com um intervalo mínimo de 24 horas entre eles.

Essas crises são manifestações clínicas de uma disfunção temporária de um conjunto de neurônios – células que compõem o cérebro – interrompendo temporariamente a função habitual do órgão que acaba produzindo manifestações involuntárias tanto no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo.

TRATAMENTO

O tratamento da epilepsia é indicado apenas a partir da segunda crise. O uso da medicação tem o objetivo de bloquear as crises, eliminando a atividade anormal do cérebro, a fim de assegurar boa qualidade de vida para o paciente.
O sucesso do tratamento depende fundamentalmente do paciente que precisa fazer uso regular da medicação por algum tempo, não necessariamente por toda a vida. Ele precisa entender sua condição, saber que medicação está usando e quais são seus efeitos colaterais.

 ORIENTAÇÕES SOBRE COMO AJUDAR ALGUÉM COM CRISE EPILÉPTICA

  • Coloque-a deitada e retire de perto objetos que possam lhe machucar. A área ao seu redor deve ficar livre;
  • Não impeça seus movimentos. Não a segure, não lhe dê tapas nem jogue água ou qualquer outra substância líquida;
  • Proteja-lhe a cabeça para que ela não bata no assoalho com os movimentos. Para isso, basta colocar um objeto macio embaixo da cabeça, como uma almofada, para impedir que a pessoa se machuque;
  • Não insira nenhum objeto na boca da pessoa, pois isso pode feri-la ou aumentar o risco de aspiração de líquidos, como saliva;
  • Levante seu queixo para facilitar a passagem de ar e vire-a de lado, para que ela não aspire saliva ou vômito. A região da boca deve permanecer seca para facilitar a entrada de ar e evitar a aspiração de líquidos pelas vias aéreas. A epilepsia não é transmissível, portanto não há problema em limpar a região oral;
  • Afrouxe-lhe as roupas;
  • Atenção: crises com duração maior que cinco minutos devem ser tratadas como emergência médica, assim como as que se repetem em um intervalo de cinco minutos sem que a pessoa recupere a consciência. Isso pode acontecer na primeira manifestação da doença, quando o paciente abandona o tratamento ou mesmo quando faz uso regular das medicações, ou ainda como complicação de alguma outra doença associada, como uma infecção, por exemplo. Nesses casos, chame uma ambulância;
  • Não tente proteger a língua da pessoa, pois ela poderá mordê-lo ou se machucar. A crença popular de que é possível enrolar e engolir a língua  durante a crise não tem fundamento. A língua é um músculo e, como os demais, também se contrai durante a crise. O máximo que poderá acontecer é o paciente mordê-la e feri-la, mas ela cicatrizará normalmente depois.

    Fonte: Website Dráuzio Varella

 

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