Atualmente, a Diabetes é a mais comum das doenças não transmissíveis com elevada prevalência e incidência crescente. Atinge já cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo e continua a aumentar em todos os países, estimando-se que em 2040 haja um aumento para 642 milhões de pessoas atingidas pela doença.
Nesta quarta, 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, campanha criada com intuito de conscientizar a população para a prevenção da doença e a importância do controle glicêmico em pacientes acometidos com a síndrome.
O diabetes é uma doença crônica, caracterizada pelo aumento da glicose (açúcar) no sangue, devido a uma baixa na produção ou ação da insulina, que é um hormônio produzido pelo pâncreas. E, por isso, para haver o controle da doença é importante que hábitos saudáveis sejam adotados pelo diabético, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e, de acordo com o tipo de diabetes, acompanhamento medicamentoso.
Tipos de diabetes
O diabetes é dividido em dois tipos principais, o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes do tipo 1 é uma doença autoimune na qual as defesas do organismo atacam as células do pâncreas, responsáveis pela fabricação de insulina, hormônio que permite a entrada da glicose no interior das células.
O tipo 2 é mais comum e acomete 90% dos pacientes diagnosticados com a doença. É caracterizado pela deficiência parcial ou total na produção de insulina com graus variados de resistência periférica ao hormônio. Esta incapacidade é provocada por fatores como obesidade, sedentarismo e hereditariedade
Sintomas e diagnóstico
Na maioria dos casos, os pacientes diabéticos permanecem assintomáticos, porém alguns sinais pode aparecer ocasionalmente como cansaço, sede e urina em excesso. O diagnóstico para o diabetes é realizado por meio do teste de glicemia em jejum ou o de hemoglobina glicada, caso o resultado seja: glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL e glicemia glicada > 6,5, está confirmado o quadro de diabetes.
Fatores de risco
O diabetes não tem uma origem específica, porém alguns fatores podem ser determinante para risco de desenvolvimento da doença, é o caso da obesidade, sedentarismo, colesterol alto, idade avançada, hipertensão, história familiar de diabetes em parente de primeiro grau, doença aterosclerótica, etc.
Tratamento
O tratamento do paciente diabético age no intuito de controlar os níveis glicêmicos neste indivíduo, mantendo o alvo entre entre 70 e 100mg/dL. No diabetes do tipo 1, a terapia envolve administração de insulina, que também pode ser usada nos do tipo 2 quando o pâncreas não consegue mais produzir o hormônio ou o produza insuficientemente. O tratamento farmacológico inclui Inibidores da alfaglicosidase, metformina, glibenclamida, etc
Prevenção
Segundo a endocrinologista Christiane Carvão, do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (CEPEM), a profilaxia para o diabetes envolve exercícios físicos, boa alimentação, práticas esportivas e controle de peso a fim de evitar o descontrole hormonal. “A principal forma de prevenção é ter uma vida saudável, moderando o estresse, evitando ganho excessivo peso, praticando atividades físicas e mantendo uma alimentação saudável, rica em verduras, legumes, carnes magras e gorduras insaturadas”, orienta Carvão.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocronologia