“É a hora!” Dia Mundial de Combate à Tuberculose 2019 e Semana Nacional de Mobilização e Luta Contra a Tuberculose – 24 a 31/3/2019

A tuberculose é um desafio para os países. Em 2017, estima-se que 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e que a doença tenha causado 1,3 milhão de óbitos, o que a mantém entre as 10 principais causas de morte no planeta. A incidência da doença foi 34,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2017, dados apontam 4.534 óbitos por tuberculose, resultando em um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos/100 mil habitantes.

O Brasil atingiu as Metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990. Em 2018, foram registrados 72,8 mil casos novos no país.

Apesar de ter avançado, o brasileiro deve ficar sempre alerta, como afirma Denise Arakaki, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde. “Começar o quanto antes o tratamento, que é garantido gratuitamente nas unidades públicas de saúde, e mantê-lo até o final é essencial para atingir a cura da doença”, afirma Arakaki.

Para intensificar os esforços no combate à doença, o Ministério da Saúde lançou, em 2017, o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose, que ratifica o compromisso com a OMS de acabar com a tuberculose como um problema de saúde pública. O plano apoia as três esferas de governo na identificação de estratégias para reduzir a incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e as mortes para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até 2035.

O tema do Dia Mundial da TB 2019 – “É a hora”, enfatiza a urgência de atuar nos compromissos assumidos pelos líderes globais para:

– ampliar o acesso à prevenção e tratamento;
– construir responsabilidade;
– garantir financiamento suficiente e sustentável, incluindo para a pesquisa;
– promover o fim do estigma e da discriminação;
– promover uma resposta equitativa, baseada em direitos e centrada nas pessoas.

É a hora de testar e tratar a infecção latente por tuberculose; é a hora de fortalecer a educação e a conscientização sobre a tuberculose; é a hora de falar; é a hora de acabar com o estigma.

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). É provocada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), mas outras espécies de micobactérias também podem causá-la. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti.

A tuberculose continua sendo uma epidemia em grande parte do mundo, causando a morte de quase um milhão e meio de pessoas a cada ano, principalmente em países em desenvolvimento. O Brasil ocupa o 18º lugar entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e curada, ainda mata cerca de 4,4 mil pessoas todos os anos no Brasil.

Sinais e sintomas mais frequentes:

– tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;
– cansaço excessivo e prostração;
– febre baixa geralmente no período da tarde;
– suor noturno;
– falta de apetite;
– emagrecimento acentuado;
– rouquidão.

Alguns pacientes, entretanto, não exibem nenhum indício da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples, que não são percebidos durante alguns meses. Pode ser confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante 3 a 4 meses sem que a pessoa infectada saiba, ao mesmo tempo em que transmite a doença para outras pessoas. A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.

Cada paciente com tuberculose pulmonar não tratada pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. Alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, como os relacionados à pobreza e à má distribuição de renda, a aids, a desnutrição, as más condições sanitárias, o tabagismo, o alcoolismo ou qualquer outro fator que provoque baixa resistência do organismo.

Prevenção e tratamento:

A vacina BCG é obrigatória para menores de um ano e protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados e não utilizar objetos de pessoas contaminadas. O tratamento, à base de antibióticos, é 100% eficaz e deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção, terminando apenas quando o médico confirmar a cura total do paciente. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores domiciliares devidamente preparados.

Fonte: Ministério da Saúde

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