O Abril Azul é comemorado todos os anos como um mês dedicado à conscientização do autismo. Monumentos pelo Brasil e em todo o mundo são iluminados com a cor usada hoje para representar o espectro e diversas campanhas expõem conceitos básicos e dicas para evitar o capacitismo no dia a dia.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e, ao contrário de pessoas com outras síndromes, como a síndrome de Down, o autista não possui características que podem ser identificadas pelo olhar. Por isso, o autismo é considerado uma deficiência invisível e é comum autistas com baixa necessidade de suporte ouvirem a expressão: “nem parece autista”.

A frase é capacitista e equivocada justamente porque, além de não existirem características físicas que ajudam a identificar o autista, o autismo é um espectro, daí o termo médico Transtorno do Espectro Autista (TEA). Quando falamos em espectro, queremos dizer que nenhum autista é igual ao outro e que cada um vai representar a diversidade do transtorno de forma única. Ninguém “parece autista”. Apenas é.

Falta de compreensão tem um tremendo impacto sobre os autistas, suas famílias e comunidades, diz a ONU

Este tipo de pensamento prejudica especialmente o diagnóstico de pessoas com autismo de grau 1, também conhecido como autismo leve ou autismo de baixo grau de suporte. Como não correspondem a nenhum estereótipo, enfrentam mais dificuldades para serem diagnosticados, especialmente no caso das mulheres.

Hoje, sabe-se que a cada três meninos, apenas uma menina é diagnosticada com autismo, de acordo com dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA). O acesso a alguns direitos, como o atendimento preferencial, também se torna mais custoso aos autistas.

Para que estas e outras informações sobre o autismo e a rotina dos autistas pudessem ser popularizadas, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em todo o mundo no dia 2 de abril.

“A taxa de autismo em todas as regiões do mundo é alta e a falta de compreensão têm um tremendo impacto sobre os indivíduos, suas famílias e comunidades. A estigmatização e a discriminação associadas às diferenças neurológicas continuam sendo obstáculos substanciais ao diagnóstico e às terapias, uma questão que deve ser abordada tanto pelos formuladores de políticas públicas nos países em desenvolvimento quanto pelos países doadores”, informa a ONU.

A campanha tem o objetivo de levar informações para a população e combater a discriminação sobre os mais de 2 milhões de brasileiros que possuem o transtorno. Hoje é preciso estabelecer que a tríade para o portador de autismo assim como sua família consiste em ACOLHIMENTO, INFORMAÇÃO E INCLUSÃO!

Diga não à discriminação!

A Servicenter apoia esta causa.

Fonte: Autismo e Realidade

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